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Rubão & Mariazinha foram um casal da Turma da Tina na década de 1980, protagonistas de histórias sobre o seu relacionamento conturbado.

Características e traços[]

Mariazinha HQ Rubao o machista (3)

Parte da história Rubão, O Machista

Nas histórias, ambos eram retratados como um casal abusivo, com Rubão representando o arquétipo do homem possessivo, ciumento e machista, que não aceitava que a namorada usasse roupas provocantes e curtas, e a Mariazinha, como uma mulher que, por mais interessada que fosse em ter seus direitos garantidos de fazer o que bem entendesse, era submissa às vontades do parceiro, de vez ou outra o recriminando, mas sempre acabava por perdoar ele no final.

O enredo girava em torno dos desejos de Mariazinha em querer ser contra os tabus tradicionalistas e viver de forma mais liberal, e fazer tudo o que as outras mulheres faziam – como sair com as roupas que quisesse, conversar com qualquer rapaz e andar sem a companhia de alguém –, mas Rubão não aceitava, dizia que mulher dele é sua propriedade e tinha que andar sempre na linha, realizando seus caprichos. Por isso, eles só viviam brigando. Tiveram histórias até que eles se separavam, mas ela sempre voltava para o Rubão no final porque sentia saudades dele. Na verdade, no fundo, ela gostava do supercontrole que sofria, do ciúmes doentio, para ela, e subversivamente, era uma demonstração de afeto e Rubão, vez por outra, notava como sua atitude era exagerada e um tanto injusta e dava o braço a torcer às vontades de Mariazinha. Entretanto, Rubão de vez em quando tentava pular a cerca ao avistar uma ou outra garota bonita.

Descrição[]

Paulo Back, roteirista da Mauricio de Sousa Produções, afirma:

Em tempos não tão politicamente corretos, o casal de namorados Rubão e Mariazinha faziam sucesso em suas historinhas solo, ou participando das histórias da Tina. Rubão era aquele cara machão, extremamente ciumento e dominador, enquanto Mariazinha era a típica submissa. Apesar disso, eles faziam o casal perfeito. Foram 'varridos' das revistinhas, talvez pelos movimentos feministas. Afinal, qual mulher gostaria de ter a Mariazinha como exemplo? [1]

Bastidores[]

Criação e desenvolvimento[]

O casal aparecia com frequência nos gibis da Mônica e do Cebolinha quando ainda eram publicados pela Editora Abril. Eles também apareciam nas histórias da Tina, vez ou outra, como casal ou solo. Inclusive algumas das histórias contavam com a Tina e a sua turma.

Esquecimento[]

Ramar1

1º página de Praia Quente, última história em que eles aparecem.

A última vez em que o casal apareceu em um gibi foi na história "Praia Quente" (Mônica Nº 36 (Editora Globo), dezembro/1989). A partir daí, nunca mais foram vistos nos gibis e ficaram de vez no limbo do esquecimento.

Há duas hipóteses por não terem sido mais criadas histórias novas. Uma por causa do movimento feminista, cada vez mais forte pela luta da igualdade da mulher, e observaram que as histórias não fortaleciam o aspecto de empoderamento da Mariazinha que, apesar de ser uma mocinha que se indignava sobre as atitudes cada vez mais excessivas e dominadoras do namorado para com ela, ainda se permitia continuar com ele. Normalmente, o enredo dos quadrinhos não entregavam lições morais escancaradas, os roteiristas traziam personagens do núcleo para observar a personalidade tóxica do Rubão e julgá-lo, e isso parecia bastar para que o público infantil sofresse de uma antipatia com a figura sexista do rapaz. Além disso, a forma com que a Mariazinha finalizava o seu arco participativo com uma postura emocionalmente dependente fortalecia o pensamento crítico das crianças, que se revoltavam com a situação e mantiam a mentalidade fresca para identificar infelizes ocasiões, na qual isso poderia acontecer com elas futuramente, evitando que sofressem da mesma falta de tato da Mariazinha em reagir a esses momentos agressivos. O nome desta técnica de roteiro é conhecida por "Significado Sintomático", onde os autores escondem intencionalmente camadas no enredo para que a criança tenha o interesse de descascá-las, analisando com autonomia a sua leitura de uma forma mais abstrata e menos explícita, baseado em seu próprio conhecimento de mundo (contexto histórico, social, emocional, ético, cultural e educacional).[2]

Outra hipótese, que bem ou mal, as histórias eram sempre a mesma coisa e não inovavam de forma coerente, e seguia a fórmula do Rubão com ciúmes, sempre controlando e ditando os passos da sua namorada; ela se separava, costumaz, se engraçava com outros caras, mas se arrependia e voltava para o Rubão. Com a saturação dos problemas no relacionamento e a personalidade desencorajadora dos dois, não havia mais o que explorar ali e então, para não mudar as características deles, foram deixados de lado.

Links externos[]

Referências

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