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Guatira é uma onça-pintada que foi criada quando filhote pelo Papa-Capim, desde então passou a ser a inseparável "onça-de-estimação" do indiozinho, sempre o acompanhando em suas caçadas.[1]
Seus pais provavelmente foram vítimas dos caçadores, então ela cresceu na aldeia dos indiozinhos. Posteriormente, nunca mais apareceu, provavelmente se mudou para mais adentro da selva amazônica, quando amadureceu.
Características e traços
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Guatira é uma pequena onça-pintada (quase da metade do tamanho do Papa-Capim) de pelo laranja, ela apresenta um dos principais aspectos da sua espécie que é a longa pelagem cheia de manchas e rosetas pretas padronizadas pelo corpo até a cauda, fisicamente semelhante ao leopardo.
Sua barriga é da cor branca (como a almofada da suas patas), tem um focinho preto acompanhado com vibrissas (ou bigodes) e tem olhos verdes. Guatira é um tanto ciumenta e zelosa, principalmente com o seu dono, Papa-Capim. Ela é bastante inteligente na caça, mas se distrai facilmente quando não há animais por perto; além disso, ela demostra ser persistente e amorosa.
História
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O Animal Desconhecido
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Guatira teve uma participação significativa em Chico Bento Nº 28, da Editora Globo, na historinha "O Animal Desconhecido". Guatira é vista caçando animais para a janta junto com o Papa-Capim, e procurando pela Floresta, os dois avistam algo se mexendo dentro duma moita.

Guatira e o Papa-Capim encontram o Pipoca na Floresta.
Esperando ser uma suculenta cutia ou um tatu gordinho, Papa-Capim arremessa sua lança na direção do matagal, afugentando um cachorro que estava ali.[2] Não sabendo qual bicho era aquele, a dupla corre atrás do cãozinho, arremessando novamente a lança, mas dessa vez ela acaba voltando (na boca do cachorro).[3] Papa-Capim então resolve deixar de caçá-lo, para ele ficar livre e ir embora pois percebe que o animal é amistoso, no entanto, o cãozinho decide seguir a dupla, para descontentamento da Guatira, que já estava com ciúmes por receber menos atenção.

Guatira chateada por ter sido substituída pelo cãozinho.
Posteriormente, a antiga dupla (agora um trio) vai se aproximando ainda mais do coração da Floresta, quando o cãozinho fareja uma presa saborosa para o Papa-Capim por entre as pedras, o indiozinho então joga sua lança naquela direção e apanha um perdiz.[4] Enquanto o Papa-Capim agradece surpreso pela habilidade do cachorro, a Guatira observa com desdém aquilo, pois percebe que está sendo depreciada. A situação se agrava quando o cão salva o Papa de ser atacado por uma cobra Urutu, fazendo com que o pequeno índio admirasse ainda mais ele, resolvendo levá-lo para sua aldeia para que seus amigos o visse, decidindo trazer o cãozinho consigo em todas as suas caçadas. A animação foi tanta que Papa acaba esquecendo de Guatira, que fica bastante triste por isso.[5]

Guatira levando o Agenor e Almerindo para a Aldeia.
Na tentativa de reconciliar o afeto perdido pelo Papa-Capim, Guatira resolve procurar uma presa para agradá-lo.[5] Farejando pela Floresta, ela acaba encontrando por acidente dois homens brancos, chamados de Agenor e Almerindo, que estavam discutindo próximos a uma fogueira sobre seu cachorro desaparecido. Eles falam que o cãozinho, nomeado como "Pipoca" pela dupla, era o que guiava o caminho deles, e como ele acabou sumindo, não há forma dos dois voltarem para casa.[6] Guatira então começa a ligar os pontos, percebendo que o cãozinho que está com o Papa-Capim é farejador, nas mesmas características que os homens estavam descrevendo, ou seja, é o mesmo cachorro!

Guatira volta para o Papa-Capim.
Ela então resolve guiá-los até o Pipoca, que está na Aldeia, e se aproxima dos dois que à princípio ficam assustados, mas resolvem segui-la, já que percebem que ela quer levá-los a algum lugar e que, por estarem sozinhos e sem direção, qualquer lugar para ir já servia de distração.[7] Chegando lá, Agenor e Almerindo encontram o Pipoca, que fica feliz ao vê-los e o levam de volta para a tristeza do Papa-Capim, que o descreve como um cachorrinho ótimo pra caçar, pra vigiar, ou seja, o melhor amigo do homem. Guatira ouve isso e se entristece, já que estava sendo deixada de lado. Papa-Capim então, percebe o descuido de suas palavras e diz que independente disso, a melhor amiga do índio é a oncinha, fazendo as pazes com Guatira, que o lambe no rosto como demostração de afeto. No final, os dois voltam a caçar juntos, deixando escapar um ditado: "Quem não tem cão, caça com gato".[7] [8]
Aparições
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Turma da Mônica (Abril)
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- Mônica Nº 8 - "Papa-Capim" (primeira aparição)
- Chico Bento Nº 16 - O Protetor das Selvas
Turma da Mônica (Globo)
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- Chico Bento Nº 28 - O Animal Desconhecido
Curiosidades
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- Seu nome é proveniente da espécie felina jaguatirica, e sua aparência, no entanto, é inspirada nas onças-pintadas.
Notas de rodapé 
- ↑ A definição e características da personagem foram retiradas de "Get Back - Personagens".
- ↑ Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 15 a 16 (quadrinho 1 ao 7)
- ↑ Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 16 (quadrinho 4 ao 7)
- ↑ Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 18 (quadrinho 1 ao 5)
- ↑ 5,0 5,1 Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 19 (quadrinho 1 ao 5)
- ↑ Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 20 (quadrinho 1 ao 3)
- ↑ 7,0 7,1 Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 20 e 21 (quadrinho 4 ao 8)
- ↑ Chico Bento Nº 28 (Editora Globo) - O Animal Desconhecido, Pág. 21 e 22 (quadrinho 2 ao 11)